Quando falamos de reforma agrária; da preservação do meio ambiente, ou do combate ao uso excessivo de agrotóxicos, muita gente pensa que são preocupações ligadas exclusivamente aos povos do campo e das florestas. O que você, que vive nas cidades, sequer imagina, é que a pauta socioambiental tem impacto direto na sua vida, onde quer que você esteja.
A contaminação de rios e córregos por metais pesados, ou venenos de uso agrícola, por exemplo, não afeta apenas o garimpeiro que atua de forma ilegal, o agricultor que aplica o veneno, ou as comunidades do entorno (embora estas sejam duramente castigadas por estas práticas), mas todos que utilizam das águas contaminadas destes cursos d'água no seu do dia a dia, além da quase totalidade da população, que, mesmo sem saber, consome produtos cultivados com venenos.
O mesmo vale para a preservação ambiental. A supressão de áreas de floresta nativa, não é um problema de um bairro, de um município ou de determinado Estado, mas de toda a sociedade brasileira, que em alguma escala, será afetada pela falta de água, pelo calor excessivo provocado pela ausência de cobertura vegetal ou pelos graves problemas de erosão, como vemos em encostas dos morros espalhados pelas grandes cidades do País.
Quando extrapolamos esta lógica para o cenário global, onde se discute os impactos para o meio-ambiente da vida humana na terra, não é difícil constatar que os mais prejudicados pelas consequências do aquecimento global são, seguramente, os países mais pobres e dentro deles, a parcela mais pobre da população. Este é um dos motivos pelos quais, todos nós, homens, e mulheres, de todas as orientações políticas e classes sociais, deveriam se mobilizar em defesa do meio-ambiente.
É muito triste ver que ainda existem pessoas, inclusive no parlamento, que na defesa de interesses privados, colocam em risco a preservação ambiental, a soberania alimentar e a vida de seu próprio povo. Se hoje o preço dos alimentos está caro, por exemplo, é fruto de uma política equivocada adotada pelo governo Federal, beneficiando grandes produtores rurais enquanto fecha os olhos para a agricultura familiar, que produz mais de 70% dos nossos alimentos.
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