“Esta Comissão é uma das mais importantes da casa, porque cuida do nosso patrimônio socioambiental, o maior ativo do povo brasileiro, para esta e as futuras gerações.” Quem acompanha as atividades do mandato conferido a mim pelo povo paulista certamente já me ouviu proferir estas palavras na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, da qual sou membro.
Faço questão de repeti-las também enquanto coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, já que as pautas ambientais são frequentemente renegadas à segundo plano, como se fossem menos importantes, ou até supérfluas. Infelizmente, falta o entendimento de alguns dos nossos parlamentares, e às vezes da própria sociedade, de que nós, seres humanos, também somos parte do meio ambiente, e que nossa existência, a dos nossos filhos e netos, depende de sua preservação e recuperação.
É fundamental a preocupação com a economia; com a geração de empregos; com a saúde; com a educação; a segurança pública ou o combate à corrupção, especialmente na atual conjuntura de desmonte de direitos, mas nada disso faria sentido se não houvesse vida no Planeta. Parece óbvio, mas não é descabido lembrar disso, especialmente quando notamos que a política autodestrutiva do governo Federal vem ignorando sistematicamente estas pautas.
Mais do que isso, Bolsonaro sacrifica o meio-ambiente em nome de um progresso, um crescimento econômico que nunca saiu do papel e que jamais chegará às classes mais necessitadas. Isso porque está preso num discurso atrasado, mesquinho e subserviente, que coloca crescimento econômico em oposição à preservação ambiental, como se ambos não pudessem caminhar lado a lado. É preciso romper este paradigma e garantir que o meio ambiente esteja no centro da retomada do crescimento, num processo chamado “transição ecológica”.
Estamos falando de práticas, tecnologias e inovações capazes de gerar mais e melhores empregos e que serão os motores de um crescimento inclusivo. Temos que reverter a crise ambiental e transformá-la em oportunidade para o viver bem do povo brasileiro e de toda humanidade.
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