São inegáveis as conquistas do governo Federal desde que Lula assumiu a presidência: redução da inflação; aumento do emprego e do salário mínimo; crescimento do PIB e o avanço de programas sociais. Entre os membros do G20 (grupo dos países mais ricos), o Brasil foi o sexto que mais cresceu, atrás de Estados Unidos, China, Índia, Rússia e Indonésia. Porque então a percepção de uma parte dos brasileiros segue negativa?
Poucos economistas acreditavam que a taxa de desemprego chegasse a 6,8%, o menor índice desde 2012. Além disso, a soma dos rendimentos da população ocupada deve crescer de 6,5 a 7,5% até o final do ano, quando a previsão era de apenas 4%. O governo Federal superou expectativas também no crescimento do PIB, que deve chegar a 2,3% no final do ano, quando as projeções eram de 1,4%. Houve crescimento dos investimentos, alta na indústria e nos serviços e o desempenho do agronegócio foi apenas um pouco inferior ao do ano passado, quando o setor cresceu espantosos 11%.
A melhora na economia veio acompanhada de investimentos em programas sociais. Além da recomposição do salário mínimo, o governo Federal retomou o Mais Médicos; o Brasil Sorridente; o Minha Casa Minha Vida e a Farmácia Popular, que vieram acompanhados de programas como o Pé de Meia; o Desenrola; a Escola em Tempo Integral e a nova edição do PAC. Apesar das dívidas e desonerações herdadas do governo anterior, Lula tem conseguido vitórias importantes e contundentes. O que explica então a percepção de 47% dos brasileiros, de que a economia vai mal, ou daqueles que acreditam que ela piorou nos últimos 12 meses?
A sensação pode estar ligada à inflação de 27% acumulada de 2019 a 2022. Mesmo que as famílias se recuperem num curto espaço de tempo, a percepção ruim permanece. Além disso, durante os governos Temer e Bolsonaro, a precarização do trabalho explodiu. A volatilidade na renda de trabalhadores informais ou em condições precárias traz enorme insegurança para estas pessoas e suas famílias, mesmo que o País atravesse um mar de bonança.
Só é possível mudar este quadro se o governo seguir ao lado dos trabalhadores na garantia de seus direitos, para que tenham mais segurança e passem a se beneficiar efetivamente da boa fase que vive o País. Combater a informalidade e a precarização neste momento é fundamental para esta jornada.
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